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Aterros podem produzir 1,5 mi de litros de água por dia

água tratada a partir do chorume

 

O Aterro Sanitário Regional de Cacoal, na região central de Rondônia, pode produzir aproximadamente 500 mil litros de água tratada a partir do chorume, diariamente, em períodos chuvosos, considerando sua capacidade total de disposição e tratamento do lixo urbano, que é de 300 toneladas por dia. De forma que, a obra, projetada para tratar das questões do lixo, também beneficia a qualidade hídrica e do solo.

O gestor ambiental da MFM Soluções Ambientais, Valdiney Lima, conta que, atualmente, o aterro sanitário de Cacoal produz cerca de 250 mil litros, dia, de líquido tratado a partir do chorume (que resulta da decomposição do lixo orgânico).

Valdiney explica que essa quantidade de líquido tratado varia segundo o clima (chuvas) e recebimento de resíduos sólidos urbanos: “Quanto mais lixo nas células de disposição final, mais possibilidade de aumentar a produção de líquido tratado”.

O gestor destaca que 60% de todo o lixo urbano recebido no aterro é orgânico, matéria que produz uma quantia significativa de chorume, num primeiro momento.

Para transformar o chorume em água com nível de pureza acima do que recomenda o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a MFM investiu em tecnologias de ponta. Disposto em células no aterro sanitário, os resíduos orgânicos escorrem como um caldo escuro, proveniente da decomposição. Depois disso, o chorume segue procedimentos físicos e químicos realizados por lagoas e a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), quando o líquido de forte odor se transforma em água.

Alguns projetos de aterros sanitários no Brasil inclusive se utilizam do chorume tratado para servir tanques de criação de peixes.

O que se vê em Cacoal pode ser visto ainda no Sul rondoniense, onde a MFM opera o Aterro Sanitário Regional de Vilhena. Logo, o Centro do Estado vai ganhar outra obra que faz a disposição e tratamento correto do lixo e produz água, com o Aterro Sanitário Regional de Ji-Paraná – prestes a ser inaugurado.

Fazendo uma projeção, é possível dizer que os aterros sanitários regionais da MFM em Rondônia podem produzir aproximadamente 1,5 milhão de litros de líquido tratado a partir do chorume, já que a capacidade total de disposição e tratamento do lixo urbano das obras é de 900 toneladas por dia.

Uma reportagem do jornalista André Trigueiro, da TV Globo, mostra que a maioria dos aterros sanitários no Brasil faz apenas a diluição do chorume.

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