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Ex-Diretor Geral do DETRAN escancara jogo de interesses do poder em Ji-Paraná

Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Ji-Paraná é usada por ele para requentar assuntos sobre o Aterro Sanitário Regional no município

 

O ex-diretor Geral do Detran em Rondônia armou o circo de novo. Desta vez, utilizando o Plenário da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná para requentar assuntos. Não se sabe ao certo qual é mesmo a intenção do ex-diretor, mas é evidente sua obsessão pelo não funcionamento do Aterro Sanitário Regional de Ji-Paraná.

Durante Audiência Pública, em 29 de novembro passado, o ex-diretor se apresentou como defensor das comunidades e do meio ambiente, em nome da APRONOSSA, a Associação de Produtores Rurais Nossa Senhora Aparecida, munido de advogado, assessoria e um ‘Data Show’.

Entre os pedidos feitos, em forma de denúncias, fez solicitações sobre a instalação e funcionamento do aterro sanitário em Ji-Paraná: Cumprimento da Lei Estadual quanto à distância mínima da obra em 200 metros dos cursos d`água, nascentes e Área de Preservação Permanente (APP); Cumprimento de Notificação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam Rondônia) quanto à depuração e dissolução do chorume (líquido resultante da decomposição do lixo orgânico) no igarapé; Cumprimento da Norma ABNT quanto ao nível do lençol freático; e Providências sobre o Esgoto Sanitário – fossas do ‘Lixão de Ji-Paraná’.

 

 

O ex-diretor parece não ter visitado a estrutura do Aterro Sanitário Regional de Ji-Paraná, de propriedade da MFM Soluções Ambientais, uma construção que recebe grandes investimentos em engenharia e cumpre todas as normas da legislação ambiental brasileira, inclusive com o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) aprovado pela Sedam Rondônia.

Segundo a gestora ambiental Elisangela Donadoni, da empresa responsável pelos estudos de implantação do aterro sanitário em Ji-Paraná, “todos os cursos d`água, nascentes e APP estão distantes 200 metros das estruturas físicas da obra; o tratamento do chorume será feito por meio de processos físicos e químicos que garantem nível de pureza acima do recomendado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); o nível do lençol freático está contemplado; e o tratamento do Esgoto Sanitário produzido em Ji-Paraná não é prerrogativa do projeto original do Aterro Sanitário Regional de Ji-Paraná”.

O próprio gerente local da Sedam RO, João Bernardi, contestou o ex-diretor do Detran.  “Um relatório de visita técnica da Sedam, em agosto passado, mostra que o Aterro Sanitário Regional de Ji-Paraná da MFM Soluções Ambientais está sendo construído conforme a lei, seguindo as normas ambientais e possíveis adequações”, afirmou.

Até mesmo a menção do ex-diretor do Detran, em relação a recuperação das áreas degradadas anteriormente, creio que faltou a ele uma ida do mesmo até à construção do aterro.

Há cerca de dois meses, a empresa iniciou projeto de recuperação de áreas degradadas na APP localizada no aterro sanitário em Ji-Paraná. Foram plantadas 800 mudas de árvores de espécies nativas, entre elas o ipê e as frutíferas açaí, cupuaçu, cacau, jenipapo e ingá.

Ao todo, a MFM deve recuperar cerca de 2 hectares da mata ciliar na APP, o que consta do Cadastro Ambiental Rural (CAR), em área que já estava ‘antropizada’, ou seja, ‘afetada’ por atividade de pastagem quando a empresa adquiriu o terreno.

Na verdade, o que se viu no Plenário da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná, foi o ex-diretor do Detran sempre bradando as inverdades que lhe convém. Ele simplesmente tentou desmontar o cenário de relacionamento entre a comunidade e empresa investidora de uma das obras mais importantes para a população de Ji-Paraná e região, utilizando-se da estratégia de falar sem provas.

Mais uma vez não surpreendendo e demonstrando o seu real jogo de interesses do poder.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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